
Não há que desesperar do homem,
temos ainda — arca de surpresas — os meninos,
e é proibido antecipar a sorte.
Degustam bem aventuradamente
um naco de melancia,
acomodam-se numa caixa de biscoito,
aderem ao carnaval.
Seus olhos profundos indagam:
— Que fazes por mim?
Não sabemos responder,
mas os meninos continuam,
esperança de todos os dias
e promessa de humanidade.
(Carlos Drummond de Andrade)
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